Engenharia do Acre deflagra GREVE GERAL!!!

21 de abril de 2023, às 13h36 - Tempo de leitura aproximado: 5 minutos

Ontem (20/04/2023), o Sindicato dos Engenheiros do Estado do Acre (SENGE-AC), entidade sindical que representa todos os engenheiros, tecnólogos, arquitetos, geógrafos, geólogos, médicos-veterinários, zootecnistas e auditores fiscais estaduais agropecuários, no âmbito da administração direta, das autarquias e fundações públicas do Acre, realizou uma manifestação, na frente da CASA CIVIL, a fim de protocolar o documento indicativo da GREVE GERAL que terá início a partir do dia 24/04/2023 (segunda-feira).

Momento de preleção e direcionamento da categoria

O ato contou com os Servidores Estaduais ATIVOS e INATIVOS (sindicalizados e não sindicalizados), além da divulgação da imprensa (todas as matérias redigidas pela imprensa até o momento, encontram-se disponíveis no final desta página).

Tendo início em frente a Casa Civil, o ato se estendeu por mais dois pontos estratégicos, sendo eles a 1- Secretaria de Estado de Governo – SEGOV, secretaria essa que foi responsável pela negociação salarial com a categoria durante todo o processo, mas que não se mostrou eficiente ao estender por várias vezes o prazo de resposta e descumprir o acordo firmado entre SENGE-AC e SEGOV (conforme ATA de reunião) e a 2- Assembleia Legislativa do Estado do Acre – ALEAC.

No primeiro momento, os profissionais se reuniram em frente a CASA CIVIL para um momento de preleção e protocolo do documento indicativo de GREVE GERAL. CLIQUE AQUI E CONFIRA O DOCUMENTO

Abaixo, confere-se o momento em que o Presidente do SENGE-AC Claudio Mota, o Diretor Administrativo Jalceyr Pessoa e a Sindicalizada Soraya Lima protocolaram o documento:

Protocolo do documento indicativo de GREVE GERAL

Em seguida, a categoria se dirigiu até a Secretaria de Estado de Governo – SEGOV, de forma civilizada, não impedindo a circulação de populares. Os participantes e apoiadores do manifesto vestiram camiseta preta e capacete branco/chapéu para destacar o movimento e as categorias.

Ao chegar na SEGOV, o Presidente Claudio Mota adentrou o local e entregou uma cópia do documento para a secretaria, uma vez que o Secretário Alysson Bestene não estava no local.

Entregando o documento para a secretaria

Ao chegar na ALEAC, a categoria se concentrou no rol, esperando para subir até a Galeria Marina Silva, local em que estariam acompanhando a Sessão Ordinária do dia, juntamente com outros grupos que também estavam pleiteando suas causas.

Durante fala dos parlamentares presentes, foi acatado que as categorias tivessem direito a fala durante a Sessão Ordinária. Sendo assim, adentraram a Sessão os membros do SENGE-AC, representados por: Claudio Mota (Engenheiro Agrônomo e Presidente do SENGE-AC), Jalceyr Pessoa (Zootecnista e Diretor Administrativo do SENGE-AC), Luiz Fernando (Engenheiro Agrônomo e Diretor Financeiro do SENGE-AC), Eliane Siqueira (Arquiteta e Suplente do Conselho Fiscal do SENGE-AC), Rodrigo Sena (Engenheiro Civil e Suplente do Conselho Fiscal do SENGE-AC) e Soraya Lima (Engenheira Agrônoma e Sindicalizada).

– MOMENTO DE FALA DOS MEMBROS DO SENGE-AC

1- Claudio Mota, Engenheiro Agrônomo e Presidente do SENGE-AC, servidor público do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal – IDAF

“A partir do dia 24/04/2023, todos os servidores públicos do Estado que lidam diariamente e diretamente com a produção e a infraestrutura estarão de GREVE! A sociedade precisa saber, Federação da Agricultura, Federação da Indústria… Esses servidores públicos estarão em GREVE. Essa é uma decisão que não queríamos tomar, mas entendemos que quem tomou essa decisão radical foi a equipe de negociação do governo, não cumprindo com os acordos/promessas feitas com esta categoria!”

Mota disse que a resposta que a equipe de governo deu até o momento foi o silêncio… “é difícil negociar com quem não fala!”, disse Claudio.

“Desde 2016, o Estado do Acre ultrapassou os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF, por isso que nós servidores estamos agonizando sem nenhum mínimo reajuste nos nossos PCCR’s, mas de uma forma célere, passou por esta casa uma reforma administrativa, onde o governo teve uma folga que não atende nenhuma categoria, mas na hora de aumentar em quase 30% o salário do Governador e dos Secretários isso não é colocado na mesa… Ou será que o nosso Estado que é o penúltimo no Brasil no ranking de geração de riquezas pode se dar o luxo de pagar para o nosso Governador o mesmo salário que o Governador do Estado de São Paulo (SP) recebe? Podemos nos dar o luxo de pagar o mesmo para um Secretário de Estado quando nossos servidores públicos estão agonizando?”

2- Eliane Siqueira, Arquiteta, servidora pública da Secretaria de Obras Públicas – SEOP

“Os nosso colegas das mesmas áreas de atuação da Prefeitura recebem um salário 50% maior do que o nosso, com o mesmo tempo de trabalho. Desde 2014 até o momento, não temos reajuste de nada. São 10 anos aguardando e vemos nossos colegas da Prefeitura tendo suas carreiras valorizadas… Se nesta semana que vem não termos nossos pleitos atendidos, quando vamos ter? Nós fizemos concurso público para sermos aprovados e servir a população, não é pra ter que ficar parando em razão das inúmeras negativas e silêncio que o governo nos dá!”

3- Luiz Fernando, Engenheiro Agrônomo, servidor público da Secretaria Secretaria de Estado do Meio Ambiente e das Políticas Indígenas – SEMAPI